Pesquisar este blog

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Linfoma Não-Hodgkin

Fig 1. Linfoadenopatia Cervical Fig 2 LNH nodular (folicular)

Linfoma Não-Hodgkin (LNH) é um conjunto de neoplasias malignas linfoproliferativas com diferentes apresentações clínicas e histopatológicas. A prevalência dessa neoplasia aumenta com a idade e é cerca de 50% maior nos homens do que nas mulheres. Em grande parte dos casos não se conhece a etiologia da doença, mas sabe-se que alguns subtipos estão relacionados a infecções por vírus, como o Epstein-Barr no linfoma de Burkitt e o HTLV na Leucemia de Células T do Adulto; e que a imunossupressão é o fator de risco mais claramente definido. A grande maioria desses linfomas é derivada dos linfócitos B em seus variados estágios de diferenciação.Fig 1 paciente com linfoadenopatia. Fig 2 Aspecto histopatológico de LNH nodular

A apresentação clínica da doença depende do sítio de envolvimento, da história natural do linfoma, e da presença ou ausência de sintomas como perda ponderal >10%, sudorese noturna e febre. Frequentemente cursa com linfadenopatia, em geral assintomática, a menos que esta resulte em compressão de estruturas adjacentes. Podem aparecer nódulos linfáticos em praticamente todo o corpo, sendo o pescoço a região de maior prevalência. Cerca de 25% dos pacientes apresentam a doença em sítios extranodais, preferencialmente no trato gastrointestinal, cabeça e pele, mas sabe-se que qualquer tecido pode ser acometido. O estadiamento adotado para os LNH é o mesmo que oi proposto para a Doença de Hodgkin na conferência de Ann Arbor em 1971, e o seu principal objetivo é distinguir os estágios da doença localizada (1 e 2) daqueles da doença disseminada (3 e 4).

Muitos são os fatores que devem ser levados em consideração quando se tenta determinar o prognóstico da doença, são eles: idade superior a 60 anos; sintomas B (febre, perda ponderal >10% e sudorese noturna); estágio disseminado da doença; presença de massa abdominal >10cm de diâmetro; três ou mais sítios extranodais da doença; entre outros.



Os principais tipos histológicos de LNH são:

· Linfoma Folicular
· Linfoma de Pequenos Linfócitos
· Linfoma das Células do Manto
· Linfoma Difuso de Grandes células B
· Linfoma de Burkitt
· Linfoma Linfoblástico
· Linfoma de células T periféricas
· Linfoma do Instestino
· Linfoma do Sistema Nervoso Central
· Linfoma Testicular


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Linfoma de Hodgkin

Post da acadêmica: Winnie Bastos do 4 ano

Linfoma é um conjunto de neoplasias comumente malignas que se origina dos tecidos linfáticos. O Linfoma de Hodgkin (LH) acomete 2 a 4 em cada 100.000 pessoas por ano. O seu pico de incidência nas mulheres ocorre durante a terceira década de vida, seguido de um declínio considerável após esse período, enquanto que nos homens as chances de acometimento pela doença permanecem elevadas por toda a vida. Seu diagnóstico baseia-se nos achados das células de Reed-Sternberg no tecido acometido.


LH é dividido basicamente em duas entidades distintas: Linfoma de Hodgkin nodular com predominância de Linfócitos e o Linfoma de Hodgkin Clássico. Este último é o tipo mais prevalente e pode ainda ser dividido em 4 subtipos, conforme o quadro abaixo:


Em todas as formas do Linfoma de Hodgkin as células malignas são derivadas dos linfócitos B e em grande parte dos casos (40% dos Linfomas de Hodgkin Clássicos) encontra-se relação com a infecção pelo vírus Epstein-Barr.
As apresentações clínicas da doença são variadas, mas é comum a presença de protuberâncias indolores no pescoço e regiões supraclaviculares. Massas mediastinais também são frequentemente encontradas em radiografias de rotina, e aproximadamente 25% das pessoas cursam com sintomas sistêmicos como fadiga, febre, perda ponderal e sudorese noturna.

O estadiamento de Ann Arbor (visualizado abaixo) foi desenvolvido há mais de 30 anos para definir os pacientes que poderiam ser tratados por radioterapia, e é ainda útil na escolha do tratamento, mesmo sabendo-se que a radioterapia exclusiva não é mais usada.

Referência Bibliográfica:

1. Lancet 2003; 361: 943-51. Hodgkin's lymphoma

sábado, 24 de julho de 2010

Tumores mais comuns da pele - Basocelular e Escamocelular

Figura 1.

Foto da lesão do lábio inferior e aspecto histipatológico de um carcinoma Escamocelular com as rolhas córneas formadas por queratina








Figura 2.
Foto da lesão e aspecto histipatológico de um carcinoma Basocelular com ninhos de células basalóides




Tumores de Pele Malignos


Carcinoma Basocelular e de Células Escamosas

O câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o mais freqüente no Brasil e corresponde a 25% de todos os


tumores malignos registrados no país.

As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlceras), genodermatoses – defeitos herdados no reparo do DNA (xeroderma pigmentosum, etc.) e, principalmente, à exposição aos raios ultravioletas do sol.

Existem diferentes tipos de tumores epidérmicos malignos. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular que representa 70% das neoplasias malignas de pele no Brasil, e carcinoma de células escamosas (escamocelular ou espinocelular), com 25% dos casos.

Carcinoma Basocelular

É o tumor mais comum decorrente de exposição solar e sua incidência eleva-se nitidamente com a imunossupressão.

Os tumores basocelulares possuem lento crescimento e geralmente não sofrem metástase, possuindo baixos índices de mortalidade, se comparado às outras neoplasias de pele.

Estes tumores têm como características clínicas o aparecimento de pápulas peroladas com presença freqüente de telangiectasias (pequenos vasos dilatados) e possíveis lesões ulceradas em casos mais avançados.

Podem existir algumas diferenças nesta apresentação clínica, dividindo os carcinomas basocelulares nas seguintes variações:

· Pigmentado: apresenta máculas que variam entre o preto e o marrom em algumas ou todas as áreas, o que o torna difícil a diferenciação com um melanoma. Algumas áreas desses tumores não retém pigmentos; bordas elevadas com telangiectases, que são típicas, podem ser observadas. Isso ajuda a diferenciar de um melanoma.

· Morféico: caracateriza-se pelo fato de suas células induzirem a proliferação de fibroblastos na derme e uma deposição maior de colágeno. Clinicamente se parece com uma cicatriz que raramente sofre ulceração. Como o tumor se infiltra entre fibras de colágeno, o tratamento é difícil.

· Superficial: aparece como um eritema. Esse tipo é geralmente não elevado, bem demarcado, com placas de eritema, o que pode dificultar o diagnóstico.


As células tumorais surgem a partir das células basais da epiderme ou do epitélio folicular e não ocorrem nas superfícies mucosas. Os ninhos são compostos de células basófilas (veja Fig 2 )

O tratamento mais indicado é cirúrgico. Entretanto, o carcinoma basocelular de pequena extensão pode ser tratado com medicamento tópico ou radioterapia. Importante é a resssecção total da lesão

Carcinoma de Células Escamosas (escamocelular)

Tem origem no queratinócito da epiderme, podendo também surgir em mucosas. A exposição aos raios UV é o maior fator predisponente a esse tipo de neoplasia.

Estes tumores apresentam-se, em estágios iniciais, clinicamente como uma placa bem definida, vermelha e escamosa. Mais tardiamente as lesões tornam-se nodulares e freqüentemente ulceradas.

Assim como o basocelular, o carcinoma de células escamosas também apresenta crescimento lento, no entanto, apresenta maior propensão a metástases

Histopalogicamente, as células epiteliais atípicas ultrapassam a membrana basal, invadindo profundamente a derme, e apresentam-se com núcleos aumentados, de contornos angulados e nucléolos proeminentes com diferenciação em queratina ( Ver Fig 1).

O tratamento usual é feito basicamente através de procedimento cirúrgico e radioterapia.

Depois de conhecer um pouco sobre os tipos de neoplasias cutâneas mais comuns, pesquise sobre o tema e veja a importância de estar atento aos cuidados com a pele na prevenção do câncer epitelial, cuja incidência, de acordo com o Ministério da Saúde, é a que tem maior crescimento nos últimos anos - a estimativa de novos casos para o ano de 2010 é 113.850, sendo 53.410 homens e 60.440 mulheres (INCA).

Referencia: Robbins et al.

Post de Bruna Melo Coelho Loureiro Estudante do 3 Semestre da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Teste 1


Por favor observem as imagens abaixo e respondam as perguntas adicionando como comentários (a baixo)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Melanoma

Melanoma é uma neoplasia maligna muito agressiva que se manifesta principalmente na pele, embora possa desenvolver-se em outros órgãos do corpo, como as superfícies mucosas oral e anogenital, esôfago, meninges e olhos. O diagnóstico e o tratamento precoces são essenciais para diminuir a sua morbi-mortalidade, principalmente através da excisão cirurgica, que hoje apresenta-se como a forma mais eficaz de tratar a doença. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma, podemos citar como principais a exposição intermitente à radiação ultravioleta e queimaduras solares, história familiar da doença, pele branca e a presença de nevos melanocíticos displásicos. O diagnóstico clínico da doença baseia-se na presença de algumas características, as quais foram distribuidas no que chamamos ABCD do melanoma:

A – ASSIMETRIA
B – BORDAS IRREGULARES
C – COLORAÇÃO HETEROGÊNEA
D – DIÂMETRO > 6mm

As lesões suspeitas, entretanto, devem ser biopsiadas para que tenham seu diagnóstico confirmado. Morfologicamente, suas células são maiores que as células dos nevos, com núcleos maiores, de contornos irregulares, cromatina distribuída perifericamente e nucléolos proeminentes e eosinofílicos. Elas expandem-se como ninhos mal-formados ou individualmente em todos os níveis da epiderme e da derme. O estudo histopatológico deve ainda estabelecer os índices de invasão de Clark e de espessura de Breslow, mostrados abaixo:




Figura 7. Na classificaçao do melanoma tanto os níveis de Clark como a medição de Breslow são frequentemente utilizados para o estadiamento. Os níveis de Clark obtêm-se pela comparação do nível de invasão tumoral com as camadas da pele. Os tumores são divididos em 5 níveis. Nível I: as células tumorais estão confinadas à epiderme (in situ). Nível II: o tumor invade a derme papilar, atravessando a membrana basal. Nível III: o tumor preenche a derme papilar e estende-se entre a derme papilar e reticular. Nível IV: o tumor invade a derme reticular. Nível V: o tumor invade o tecido subcutâneo. A espessura de Breslow é a medição da profundidade da lesão em milímetros. Os tumores são classilicados em 4 categorias com base na profundidade vertical da lesão, desde o topo da camada granular (ou base da superfície de ulceração) até ao ponto mais profundo de envolvimento tumoral.

O prognóstico para pacientes com melanoma cutâneo é determinado basicamente pela localização e profundidade do tumor primário,e pela presença ou auzência de metástases.

Figura A

Figura B


A figura A mostra uma lesão clínica do melanoma. Na figura B mostra a evolução de um nevo displásico culminando na formação do melanoma.

Agora pesquise sobre outras neoplasias da pele identificando semelhanças e/ou diferenças entre elas e comente sobre sua pesquisa! Contamos com a sua participação!!!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sífilis

A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, que possui diversas formas de apresentação clínica, cujo agente causador é a bactéria Treponema pallidum. O seu estágio primário ocorre cerca de três semanas após o contato com o indivíduo infectado e se manifesta como uma lesão firme, endurecida, elevada e avermelhada, conhecida como Cancro Duro, que desaparecerá poucas semanas depois, com ou sem tratamento. O segundo estágio ocorre de 2 a 10 semanas após a lesão primária e é caracterizado por erupções cutâneas, principalmente nas palmas e plantas, que são acompanhadas por lesões orais esbranquiçadas, febre, linfadenopatia, artrite e dor de cabeça. Essas lesões se resolvem espontaneamente. O terceiro estágio ocorre anos após a primeira lesão e é caracterizado por lesões inflamatórias na aorta, coração e sistema nervoso central ou por lesões quiescentes envolvendo fígado, ossos e pele.

Microscopia de campo escuro: a figura mostra algumas espiroquetas de Treponema pallidum.

Sífilis secundária na derme com infiltrado linfoplamástico perivascular e proliferação endotelial.

As figuras abaixo mostram lesões clínicas da sífilis secundária:


Pesquise sobre as consequências, formas de contágio, patogênese, diagnóstico e tratamento dessa doença e comente sobre seus achados.