Foto da lesão do lábio inferior e aspecto histipatológico de um carcinoma Escamocelular com as rolhas córneas formadas por queratina
Figura 2.
Foto da lesão e aspecto histipatológico de um carcinoma Basocelular com ninhos de células basalóides
Tumores de Pele Malignos –
Carcinoma Basocelular e de Células Escamosas
O câncer de pele, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o mais freqüente no Brasil e corresponde a 25% de todos os
tumores malignos registrados no país.
As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlceras), genodermatoses – defeitos herdados no reparo do DNA (xeroderma pigmentosum, etc.) e, principalmente, à exposição aos raios ultravioletas do sol.
Existem diferentes tipos de tumores epidérmicos malignos. Os mais freqüentes são: carcinoma basocelular que representa 70% das neoplasias malignas de pele no Brasil, e carcinoma de células escamosas (escamocelular ou espinocelular), com 25% dos casos.
Carcinoma Basocelular
É o tumor mais comum decorrente de exposição solar e sua incidência eleva-se nitidamente com a imunossupressão.
Os tumores basocelulares possuem lento crescimento e geralmente não sofrem metástase, possuindo baixos índices de mortalidade, se comparado às outras neoplasias de pele.
Estes tumores têm como características clínicas o aparecimento de pápulas peroladas com presença freqüente de telangiectasias (pequenos vasos dilatados) e possíveis lesões ulceradas em casos mais avançados.
Podem existir algumas diferenças nesta apresentação clínica, dividindo os carcinomas basocelulares nas seguintes variações:
· Pigmentado: apresenta máculas que variam entre o preto e o marrom em algumas ou todas as áreas, o que o torna difícil a diferenciação com um melanoma. Algumas áreas desses tumores não retém pigmentos; bordas elevadas com telangiectases, que são típicas, podem ser observadas. Isso ajuda a diferenciar de um melanoma.
· Morféico: caracateriza-se pelo fato de suas células induzirem a proliferação de fibroblastos na derme e uma deposição maior de colágeno. Clinicamente se parece com uma cicatriz que raramente sofre ulceração. Como o tumor se infiltra entre fibras de colágeno, o tratamento é difícil.
· Superficial: aparece como um eritema. Esse tipo é geralmente não elevado, bem demarcado, com placas de eritema, o que pode dificultar o diagnóstico.
As células tumorais surgem a partir das células basais da epiderme ou do epitélio folicular e não ocorrem nas superfícies mucosas. Os ninhos são compostos de células basófilas (veja Fig 2 )
O tratamento mais indicado é cirúrgico. Entretanto, o carcinoma basocelular de pequena extensão pode ser tratado com medicamento tópico ou radioterapia. Importante é a resssecção total da lesão
Carcinoma de Células Escamosas (escamocelular)
Tem origem no queratinócito da epiderme, podendo também surgir em mucosas. A exposição aos raios UV é o maior fator predisponente a esse tipo de neoplasia.
Estes tumores apresentam-se, em estágios iniciais, clinicamente como uma placa bem definida, vermelha e escamosa. Mais tardiamente as lesões tornam-se nodulares e freqüentemente ulceradas.
Assim como o basocelular, o carcinoma de células escamosas também apresenta crescimento lento, no entanto, apresenta maior propensão a metástases
Histopalogicamente, as células epiteliais atípicas ultrapassam a membrana basal, invadindo profundamente a derme, e apresentam-se com núcleos aumentados, de contornos angulados e nucléolos proeminentes com diferenciação em queratina ( Ver Fig 1).
O tratamento usual é feito basicamente através de procedimento cirúrgico e radioterapia.
Depois de conhecer um pouco sobre os tipos de neoplasias cutâneas mais comuns, pesquise sobre o tema e veja a importância de estar atento aos cuidados com a pele na prevenção do câncer epitelial, cuja incidência, de acordo com o Ministério da Saúde, é a que tem maior crescimento nos últimos anos - a estimativa de novos casos para o ano de 2010 é 113.850, sendo 53.410 homens e 60.440 mulheres (INCA).
Referencia: Robbins et al.
Post de Bruna Melo Coelho Loureiro Estudante do 3 Semestre da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
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